sexta-feira, 11 de abril de 2014

Suspeito de sequestrar nove crianças se apresenta; polícia irá confrotar ossadas com desaparecidos Leia mais: http://extra.globo.com/casos-de-policia/suspeito-de-sequestrar-nove-criancas-se-apresenta-policia-ira-confrotar-ossadas-com-desaparecidos-11297272.html#ixzz2yb6yUUUD


Fernando, ao ser apresentado na DPCA, no Centro do Rio Foto: / Paolla Serra

O funcionário da Marinha Mercante Fernando Marinho de Melo, de 57 anos, foi apresentado, na Delegacia de Proteção a Criança e Adolescente (DPCA), na tarde desta terça-feira. Ele estava com a prisão decretada, desde 5 de dezembro de 2013, quando o desembargador Paulo Rangel, da 3ª Câmara Criminal, reformou a única condenação de Fernando. Em 2009, ele havia sido condenado por entrar na casa de uma menina de 11 anos, na Barreira do Vasco, em São Cristóvão, fingindo ser um técnico de televisão. Além da TV, Fernando teria levado a criança, que nunca mais apareceu. Com a decisão de Rangel, ele foi condenado a sete anos de prisão por sequestro, cárcere privado e furto. Antes, ele havia sido condenado a quatro anos de prestação de serviços comunitários.
No despacho, o desembargador explica que a defesa do réu alegou que ele estava embarcado a trabalho no dia do desaparecimento da criança. A apuração do caso, entretanto, comprovou que o naviio estava ancorado na Baía de Guanabara, próximo ao litoral do Rio, "relativamente perto de onde os crimes aconteceram". "Ficou comprovado que seria possível os funcionários que ali estavam de serviço deslocaram-se com o apoio de pequenos barcos", escreve o magistrado. Em outro trecho, ele resume: "O álibi do acusado caiu por terra".
Além desse crime, Fernando é suspeito do desaparecimento de outras oito crianças, sendo sete meninas. Ele têm as mesmas características físicas e teria agido da mesma forma. Os casos aconteceram entre 2002 e 2009 em todo o estado, sobretudo na Zona Norte do Rio. De acordo com a delegada Elen Souto, da Divisão de Homicídios (DH), foi formada uma força-tarefa com equipes da DH, da DPCA e da Delegacia de Criança e Adolescente Vítima (DCAV) para cumprir o mandado de prisão de Fernando.
Agora, a equipe irá confrontar os cadáveres e as ossadas encontrados neste período com os desaparecidos. O objetivo é submetê-los a exames de DNA para checar se há indícios de participação dele em outros sumiços. A polícia também irá apurar se ele utilizou o cargo que ocupava para levar as vítimas para outros destinos. Segundo a delegada, por pressão dos investigadores, ele teria se entregado na 39ª DP (Pavuna), na tarde de ontem. Durante sua apresentação, ele negou todas as acusações e se disse vítima de perseguição:
- Sou um homem inocente. O que estão fazendo comigo é uma grande covardia.

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