sexta-feira, 11 de abril de 2014

Mãe que mantinha filha em cárcere privado é indiciada por homicídio; ‘Requintes de crueldade’, diz delegada


                          Marlucia, no dia em que foi presa 
    
Marlucia Bernardo Costa no dia em que foi presa Foto: Cléber Júnior / Extra
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A delegada Cristiana Bento, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, pediu ao Ministério Público, na manhã desta sexta-feira, a prorrogação da prisão temporária de Marlucia Rodrigues de Souza, acusada de maus-tratos contra a filha, mantida em cárcere privado numa casa da Favela do Lixão desde a infância. Na noite de quarta-feira, Daiana de Souza Lima, de 19 anos, morreu no Hospital Moacyr do Carmo, também em Caxias. Ela tinha problemas mentais, estava subnutrida e apresentava diversas feridas pelo corpo, algumas necrosadas e com larvas de insetos.
Indiciada inicialmente por maus-tratos e cárcere privado, Marlucia está presa no presídio Bangu 8, na Zona Oeste do Rio. Agora, a delegada vai indiciá-la por homicídio qualificado.
- Estou convencida de que a mãe cometeu um homicídio com requintes de crueldade. A prisão temporária dela era de cinco dias e expira hoje. Estou pedindo ao Ministério Público que a mantenha presa, agora acusada pela morte da filha. Com base na nova tipificação, o crime passa a ser hediondo e a pena será mais severa - disse Cristiana.
Quanto ao pai e à madrinha de Daiana, a delegada ainda não se decidiu quanto à culpabilidade deles. Tanto Cidnei de Oliveira quanto Kelly Cristina podem ser indiciados por omissão de socorro já que saberiam das condições em que a jovem era mantida.
- Ainda não estou convencida da responsabilidade deles. Preciso ouvir uma terceira testemunha apontada pelos dois - disse a delegada.


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