Mãe de Emanuel e Emanuelle se emociona, pede justiça e desabafa: “Foi como se tivesse sido hoje”

                   

Reprodução / TV Record

A audiência que decidirá se Kátia Vargas irá a júri popular por conta da morte dos irmãos Emanuel e Emanuelle, mortos no dia 11 de outubro, foi adiado mais uma vez e acontecerá no dia 22 deste mês.
A mãe dos garotos, Dona Marinúbia Gomes, conversou com Raimundo Varela na manhã desta quinta-feira (10) e desabafou sobre a falta de agilidade da justiça para resolver o caso que comoveu toda a Bahia.
“Quero que o povo de Salvador vá para a porta do Tribunal de Justiça, porque eu quero que o povo esteja ao meu lado. A gente não vai se cansar de pedir por justiça. Peço o aceleramento da justiça, mas sei que ela não tem só a mim para servir. Mas estou firme e forte. Tem dias, claro, que eu sinto um vazio total, mas ao mesmo tempo eu tenho uma força dentro de mim”, disse.

Ela falou também sobre o tempo que já se passou – amanhã, farão cinco meses da data da morte dos seus filhos: “Foi adiado para o dia 22 deste mês. Fomos avisados ontem. Eu fui ferida violentamente, brutalmente, quando meus filhos foram tirados de mim. Foi como se tivesse sido hoje. Meus filhos eram perfeitos e foram tirados dessa forma”.
Chorando, Dona Marinúbia também evitou falar no termo “acidente” e fez um apelo a quem não tem prudência no trânsito.
“Isso não foi acidente, foi um assassinato. É uma loucura perseguir duas pessoas e tirar a vida delas. Isso é crime no trânsito. Temos que nos unir contra os crimes no trânsito. As leis precisam ser revistas, mudadas. Minha luta hoje é por isso: pelos meus filhos e pelas pessoas que saem de casa e não voltam porque algum louco tirou a vida deles”, desabafou.
Questionada pelo apresentador do “Balanço Geral” sobre em quem se apoia para aguentar a perda dos filhos, ela diz que os filhos seguem vivos em seu coração: “Tem uma coisa muito forte que vem dentro de mim: é de minha própria natureza ser alegre. Eu me apego à própria energia de meus filhos, eles estão vivos dentro de mim, sonho sempre com eles”.
Por fim, Dona Marinúbia agradeceu ao carinho do público.
“Existem pessoas boas na vida, pessoas que me abraçam no shopping sem nem me conhecer. Não tenho mais eles pra esperar em casa, então só tenho a justiça. Tenho fé nela e na de Deus”, finalizou.